LEI MUNICIPAL Nº 122, DE 05/06/1998
DECLARA O PINHEIRO – ARAUCÁRIA ANGUSTIFOLIA – COMO ÁRVORE SÍMBOLO DO MUNICÍPIO DE PASSA SETE.
PINHEIRO
Sinônimos do nome popular- Pinho, pinheiro-do-paraná, pinheiro-brasileiro, pinheiro-das-missões, curii, curi ou curiúva (nomes indígenas).
As variedades e formas recebem os nomes seguintes: Pinheiro-preto, pinheiro-rajado, pinheiro-da-ponta-branca, pinheiro-branco, pinheiro-elegante, pinheiro-monóico, pinheiro-macho-fêmea, pinheiro-são-josé, pinheiro-caiová, pinheiro-cajová, pinheiro-cajuva, pinheiro-macaco.
Nome científico – Araucaria angustifolia (Bertoloni) Otto Kuntze.
Família – Araucariáceas (Araucariaceae).
Descrição morfológica – Árvore alta, de aspecto original e contrastante com as demais árvores do Sul do Brasil, de 20 – 50 metros de altura, 1 – 2 metros ou mais de diâmetro na altura do peito; Tronco perfeitamente, cilíndrico, reto e raras vezes ramificado em dois ou mais; casca grossa (até 15 cm), resinosa, cuja superfície externa se desprende em placas, cinzento-escura. Árvores adultas com ramos dispostos em 8 – 15 vertículos cujo afastamento se reduz gradualmente até o ápice, restando em árvores velhas somente uma umbela terminal. Árvores novas com copa cônica. Ramos primários cilíndricos, curvos por cima, maiores ou inferiores e menores os superiores. Ramos secundários (grimpas) alternos, agrupados no ápice dos ramos primários. Folhas 3 – 6 cm de comprimento, 4 – 10 mm de largura, simples, pouco decorrentes, soltamente imbricadas, coriáceas, sésseis, lanceoladas, agudíssimo-pungentes, verde-escuras. Este colorido deu origem ao nome “Mata Preta” usado em Santa Catarina para a mata com pinheiros em oposição à “Mata Branca” que indica floresta sem pinheiros.
Árvores DIÓDICAS; às vezes MONÓICAS, provavelmente por trauma ou doenças, com flores unissexuadas.
Flores Masculinas em amento (localmente chamados: mingote, pinheiro, pichote, dedo, banana, charuto, sabugo), 10 – 15 cm de comprimento, por 2 – 4 cm de diâmetro. Cada flor masculina é constituída de uma escama coriácea, mais ou menos côncova, achatada, pedicelada e com 10 – 25 anteras alongadas, presas na face ventral de cada escama. Estas se abrem longitudinalmente, deixando cair o pólen sobre a escama inferior. As escamas são arranjadas na inflorescência masculina em espiral e se abrem primeiramente, as da base para deixarem o pólen livre e à disposição do vento para ser transportado até o estróbilo feminino.
Flores Femininas em estróbilo (pinha) ou cone sub arredondado, no ápice de um raminho protegido por numerosas folhas muito próximas umas das outras; ca. de 1.000 brácteas escamiformes, coriáceas, sem asas, com um espinho recurvo no ápice, inseridas sobre um eixo central cônico, com base mais ou menos cilíndrica; as brácteas escamiformes férteis sustentam em sua base apenas um óvulo, as quais, após a fecundação do óvulo vão-no envolvendo, soldam seus bordos com os da bráctea superior e comprimem as brácteas escamiformes estéreis, à medida que o pinhão se envolve.
Estróbilo (pinha) de 10 – 20 cm de diâmetro, com 10 – 150 sementes (pinhões). Sementes com 3 – 8 cm de comprimento, 1 – 2 cm de diâmetro, obovado-cuneiformes, lisas, achatadas, ou não, com ápice formado de um tecido frouxo e seco, terminando com um espinho achatado, e curvo para a base; a amêndoa branca ou rosado-clara é constituída, principalmente de matéria amilácea, envolvida pelas brácteas ventral e dorsal, soldadas pelos seus contornos com exceção da base, na qual podem ficar ligadas; no centro encontra-se o embrião com os cotilédones brancos ou rosado-claros; cotilédones retos ou com a extremidade dobrada, de secção plano-convexa, constituem 5/6 do comprimento do embrião; embrião cilíndrico constituído ainda do hipocótilo e pela radícula; na inserção dos cotilédones encontra-se o pulvino meristemático, que formará o caulículo.
Descrição para fácil reconhecimento na floresta- Tronco cilíndrico, fuste comprido de 15 – 20 metros ou mais de comprimento, casca grossa, (até 15 cm) rugosa, resinosa no inferior, a superfície externa se desprende em placas cinzento-escuras; ramificação racemosa em verticilos quase horizontais que se ramificam em abundantes ramos secundários constituindo as grimpas que se adensam para o ápice do caule, formando copa típica em forma de candelabro, umbela, taça ou corimbo nas árvores adultas e velhas, espalhada, formada por verticilos de ramos horizontais, guarnecidos de tufos de ramos erguidos; folhagem rija e coriácea, verde-escura, bastante densa e muito característica. Enquanto nas árvores adultas e velhas, toda a árvore toma a forma de uma gigantesca umbela, nas árvores novas, a copa se apresenta na forma de alongado cone, indicando a pujança do crescimento ascencional.
O vigor de crescimento está muitas vezes associado às suas variadas formas. Assim os exemplares que crescem inteiramente livres ou isolados, apresentam ramos até próximo ao solo, permanecendo o tronco mais curto e engrossado; por sua vez os indivíduos novos que tentam vencer a mata baixa em busca de luz, apresentam um caule exageradamente fino com copa reduzida a dois ou três verticilos muito distanciados e frouxos. Os exemplares plenamente desenvolvidos, verdadeiros símbolos do vigor vegetal, possuem tronco de grossura muito uniforme até a copa. Nos exemplares velhos, o declínio da pujança vital se patenteia num estreitamento progressivo dos verticilos apiciais, prenúncio do término do seu crescimento.
Fenologia – O amadurecimento do pólen e a subsequente polinização se efetua geralmente em setembro. As pinhas maduras se encontram desde fevereiro até dezembro, conforme as diversas variedades. A época do amadurecimento geral se verifica durante os meses de abril, maio e junho.
Dispersão – Em traços gerais o pinheiro se encontra formando agrupamentos densos, principalmente na parte leste e central do planalto meridional do Brasil, abrangendo os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ocorrendo ainda, como manchas esparsas, também no sul do Estado de São Paulo, e na Serra da Mantiqueira, internando-se até o sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Entre as latitudes 25º 30º e 27º sul, o pinheiro passa para a Província Argentina de Missiones. No Paraguai, diante 60 km do Rio Paraná, existe um núcleo de pinheiros (com aproximadamente 500 árvores) completamente cercado pela mata latifoliada da Bacia do Rio Paraná.
A área de ocorrência do pinheiro-do-paraná era de aproximadamente, 200.000 km² no Brasil, ou seja duas vezes a superfície do Estado de Santa Catarina, ou ainda a metade da superfície do Japão.
No Estado do Rio Grande do Sul o pinheiro-brasileiro ocorre principalmente no planalto leste e norte do Estado, nas nascentes do Rio dos Sinos, Rio Caí e Taquari, bem como do Rio Jacuí. É encontrada desde uma altitude média de 500 metros, em terrenos medianamente ondulados, enquanto nos terrenos fortemente ondulados está sendo substituído pela floresta latifoliada da fralda da Serra Geral. No Município de Passa Sete o pinheiro é encontrado em matas nativas próximas ao perímetro urbano, bem como nos distritos de Pitingal, Campo de Sobradinho e Murta, aparecendo também em áreas de campo, onde vem sendo preservado. Ao noroeste do Estado penetra profundamente na floresta latifoliada do Alto Uruguai alcançando em núcleos esparsos os municípios de Braga, Tenente Portela e Nonoai. Em sentido oeste seus guardas avançados se encontram em Júlio de Castilhos, Tupanciretã e Mata.
Reaparece no Escudo Rio-grandense, onde ocorre de forma descontínua, tendo sido observados agrupamentos nativos nos municípios de Santana da Boa Vista, Dom Feliciano, São Lourenço do Sul e principalmente Canguçu, onde possivelmente se encontra o limite austral do pinheiro. No município de Canguçu encontrava-se provavelmente o maior núcleo de pinhal do Escudo Rio-grandense cuja área era de aproximadamente 18 km de comprimento por 5 – 6 km de largura, hoje reduzido a esparsos agrupamentos.
Frequência e quantidade – De acordo com o estágio de desenvolvimento do pinhal, das condições edáficas ou ambientais, a frequência do pinheiro era muito variável, indo sua quantidade desde apenas 1 (uma) até mais de 200 árvores por hectare. As maiores concentrações de pinheiros se encontravam principalmente na parte oriental do planalto de Santa Catarina e no extremo oeste (São Domingos, São Lourenço e Abelardo Luz). Na região dos imbuiais, não obstante sua elevada produtividade em madeira, a quantidade de árvores por unidade de área, não era tão elevada. Nesta área predominavam os bem desenvolvidos pinheiros com tronco grosso e muito elevado, que chamou a atenção dos exploradores não só nacionais como também estrangeiros, que em menos de 2 séculos praticamente exauriram a maior riqueza de madeiras da América Latina.
Vitalidade com indicação para o tipo de cultivo e informações sobre a reprodução – Estudando-se mais detidamente a ocorrência irregular dos bosques de pinho, através das diferentes manchas de campos, existentes no planalto do Estado de Santa Catarina, de pronto um fato chama a atenção: É a irradiação dos pinheiros como elementos isolados por sobre os campos limpos, formando agrupamentos, de início bastante esparsos, que vão tornando-se cada vez mais densos, até constituir os capões de pinhais tão característicos, principalmente nos campos de São Joaquim e Bom Jardim, onde esta irradiação e avanço são mais perceptíveis e vigorosos. O Pinheiro ocupa preferencialmente as depressões dos campos, cursos d’água, onde se iniciam os capões e matas de galeria, que se estendem por quase todos os campos. Desta forma podemos afirmar, que praticamente todos os campos, são atravessados pelos bosques de pinho, encontrando-se nas mais variadas formas de aglomerações e desenvolvimento, desde os capões de poucos exemplares, até as pujantes matas de galeria ao longo dos rios maiores.
Merecendo este comportamento do pinheiro, um estudo, ficou evidenciado o fato, de que mesmo, representa no clima atual, uma espécie pioneira e heliófita e não uma dominante no sentido dinâmico, se bem que atualmente ainda, é uma árvore mais importante e expressiva no sentido fitofisionômico, em vasta área do planalto, servindo por si só para caracterizar esta formação vegetal.
Pesquisas mais acuradas, levadas a efeito, com o objetivo de determinar o “habitat preferencial” da Araucaria angustifolia e a composição das diferentes associações vegetais da mata preta, demonstram que realmente todas se encontram em fases de desequilíbrio e consequentemente em estágios sucessionais, mais ou menos pronunciados.
Assim se pode averiguar, que em muitas partes, onde as condições edáficas se mostram favoráveis à instalação duma vegetação arbustiva ou arbórea, se constatam às centenas, como numa grande exposição didática todas as fases de formação e desenvolvimento dos capões desde os constituídos por apenas algumas dezenas de arbustos, até os bosques de tamanhos consideráveis, contendo centenas de pinheiros.
Na maioria das vezes, a linha de separação entre a vegetação arbustiva e os campos é bastante nítida, dando os contornos suaves e arredondados dos pinheiros, a estes agrupamentos, um aspecto típico e muito característico para toda a região dos campos planaltinos do Sul do Brasil. A localização tão causal de muitos núcleos de pinheiros pelos campos quer nas baixadas úmidas, quer nas encostas, como não raro também até nos próprios topos das elevações, nos sugerem, que o pinheiro, está em franca irradiação por sobre a vegetação herbácea dos campos, formando o início duma série sucessional, tendente ao clímax climático regional.
Observando-se o fenômeno da irradiação dos pinheiros por sobre os campos, constata-se que a sucessão vegetal, tende geralmente para as seguintes direções: Inicialmente se formam os começos dos capões nas pequenas depressões, beira de cursos d’água, origem de fontes ou outros locais mais favoráveis. As espécies pioneiras e heliófitas, portanto as responsáveis pelos estágios iniciais, podem ser muito distintas, dependendo de diversos fatores bastante complexos, ainda não suficientemente esclarecidos, mas onde os de origem edáfica, geográfica e as altitudes, devem desempenhar papel bastante relevante.
Em altitudes maiores, acima de 1.100 m, São Joaquim (SC), verifica-se muitas vezes, que tanto nos campos úmidos, bem como nos enxutos, o pinheiro penetra como espécie pioneira, formando a princípio associações puras pouco densas, sendo então invadidas pelas espécies características das submatas dos pinhais. Estes capões se caracterizam pela grande abundância e densidade de pinheiros, os quais se encontram em todas as fases de desenvolvimento, bem como pelas sucessivas invasões de espécies esciófitas no subosque, com tendências sucessionais, fato evidenciado pelo dinamismo tão diversificado nas diversas espécies componentes (estágios: invasão de umas, madurezas de outras e finalmente substituição das primeiras).
Em outros locais e onde as altitudes são menores (800 – 1.100 m), os inícios dos capões e suas periferias são formadas principalmente pelas espécies pioneiras e heliófitas, sendo que posteriormente se instalam as esciófitas. Estas últimas, vão gradativamente eliminandoe substituindo as espécies heliófitasmais exigentes, proporcionando paulatinamente um ambiente propício à posterior infiltração e desenvolvimento das espécies esciófitas mais tolerantes e portanto indicadoras ótimas dos estágios mais evolutivos em sentido ao “clímax” climático regional.
Interessante é observar ainda, que muitas vezes, as fases iniciais dos capões são formadas, quase exclusivamente por uma ou duas espécies apenas. Assim por exemplo, nas fases iniciais os capões existentes nos campos de Curitibanos, Campos Novos e Lebon Régis (SC), Bom Jesus, Vacaria e Lagoa Vermelha (RS), são constituídos quase unicamente pela Myrcia bombicyna (guamirim-do-campo), que por vezes vem invadindo os campos em largas áreas, como claramente pode ser observado em Lebon Régis e Curitibanos. Por outro lado em São Joaquim, o início dos capões é formado quase sempre pela Myrceugenia euosma (cambuizinho), enquanto nos aparados da serra Geral a espécie mais importante é Siphoneugena reitzii (cambuí). Em Duas Pontes (Campos Novos, SC) se verificam capões cujos inícios se devem ao Schinus weinmannifolius (aroeirinha-do-campo), sendo que nos campos ao norte de Caçador, os capões em vias de formação, tem sua origem principalmente em Rex dumosa (caúna), Lithraea brasiliensis (aroeira) ou Drimys brasiliensis (casca d’anta).
Outras vezes, diversas espécies vêm formando quase simultaneamente a primeira fase dos capões (é o caso mais comum), que preparam o terreno e o microclima para a instalação das espécies esciófitas e mais exigentes.
Assim, à proporção que os capões vão-se desenvolvendo, as espécies pioneiras são rechaçadas para a periferia, apresentando-se o centro dos mesmos com uma vegetação bastante desenvolvida. Quando os capões tiverem atingido um desenvolvimento regular, verifica-se a instalação de exemplares jovens de Ocotea pulchella (canela-lageana), ao lado outras lauráceas, que vão se tornando mais expressivas, à proporção que as espécies hiliófitas mais exigentes vão sendo eliminadas do centro para a periferia.
Pelo exposto ficou claramente evidenciado ser o pinheiro-do-paraná uma espécie pioneira e, portanto, muito apropriada para o reflorestamento em campo aberto. Se até o momento os resultados de reflorestamento nem sempre corresponderam às expectativas, isto se deve a falhas nos métodos empregados ou na falta de melhores informes ecológicos desta espécie, sobretudo no que concerne ao “habitat”, à qualidade e profundidade dos solos, ao clima e a outros fatores.
As pinhas produzem em média 60 – 80 pinhões férteis, que adequadamente tratadas, germinam na totalidade de forma bastante uniforme.
As áreas mais apropriadas para o reflorestamento do pinheiro-brasileiro não se encontram nos campos do Planalto e sim nas áreas de contato do pinheiro com a floresta latifoliada, uma vez que nestas áreas a agressividade das espécies pioneiras da floresta latifoliada impedem a regeneração natural do pinheiro, embora esta fosse a área clímax do mesmo. É por isso que se recomenda o reflorestamento do pinheiro em primeira linha, não nos campos, onde o pinheiro ocorre como elemento pioneiro, e sim nos terrenos mediana e fortemente ondulados da Serra Geral, recentemente ocupados preferencialmente pela floresta latifoliada e onde se encontram solos mais ricos em húmus e uma maior variabilidade em macro e micronutrientes.
Para a Araucária, é conveniente a abertura de picadas de 1 metro de largura, distanciados de 3 em 3 metros e depositar duas sementes em covas afastadas uma das outras por 1,5 – 2 metros.
O plantio direto assim feito, em covas, colocando-se 2 a 3 pinhões, com 2 a 3 cm de profundidade, não é oneroso e valoriza extraordinariamente a propriedade. Esses plantios podem ser feitos aos poucos em cada ano, à medida em que novas áreas vão sendo abandonadas, e assim aproveitadas.
Os pinhões amadurecem nos meses de abril a junho, devendo ser plantados a partir desta época, até o mês de setembro.
Não existem terras esgotadas em abandono, refloreste-a e legue a seus descendentes beleza, saúde e riqueza.
Estudo preliminar qualitativo: Descrição da madeira – Peso específico: 0,50 a 0,61. Cor do lenho: alburno, normalmente amarelado, às vezes quase branco; cerne, também amarelado, com tonalidades róseas, vermelhas ou levemente pardacentas. Frequentemente, em consequência da ação de agentes externos ou de traumatismos, o lenho é alterado na sua cor, apresentando, então, largas manchas, ora avermelhadas, ora pardo-desmaiadas, ora pardo-acastanhadas, as quais, pela sua extensão e aspecto quase uniforme, passam a apresentar a cor própria do pinho. Disso resulta a suposição da existência de mais de uma variedade nessa espécie. Superfície: lisa ao tato e medianamente lustrosa. Textura: uniforme. Grã em regra, direita. Cheiro e sabor: ligeiramente resinosos.
Apresenta fibras extraordinariamente compridas cujo comprimento máximo é de 5.800 micra e o comprimento mínimo de 73 micra, perfazendo portanto uma média de 3.874 micra. As larguras das fibras estão compreendidas entre 73 a 22 micra com uma média de 39 micra.
Os raios medulares são sempre unisseriados, homogêneos, variando sua altura entre 1 a 13 células (média 6 células).
Emprego – Os pinheiros novos, muito elegantes, são usados para “árvore de Natal”, ornamentando com cunho nacional os nossos lares pelas Festas de Fim de Ano. Presta-se para expressivo adorno de jardins e parques.
Os pinhões fornecem alimento nutritivo e apreciado por homens e animais. Os índios botocudos tinham neles uma alimentação básica. Usavam até um tipo especial de flecha, chamada virote, para debulhar as pinhas presas às árvores.
Mas sem dúvida, o uso mais importante é o da madeira, usualmente denominado pinho-do-brasil epinho-do-paraná (Parana Pine, no exterior). Na economia brasileira é de importância básica, pois em muitos anos, como o de 1964, a madeira ocupou o 4º lugar na pauta dos produtos brasileiros de exportação. Cerca de 90% desta madeira exportada foi pinho.
Os usos são taboado, vigamentos, pranchões, caixas, móveis, cabos de vassoura e de ferramentas, palitos de dentes e de fósforo, fabricação de compensados, pasta mecânica e celulose, papel, matéria plástica, lã de seda artificial, instrumentos de música, instrumentos de adorno, artigos de esporte, separadores para acumuladores, caixas de ressonância de piano, tacos de nós, mourões, telhas de taboinhas, etc.. Os galhos e o refugo, e especialmente o “nó de pinho” servem para lenha e combustível de caldeiras. O mesmo nó de pinho convenientemente preparado serve para belíssimas obras artísticas de tornearia e escultura.
Trata-se, em suma, da madeira mais preciosa do Brasil e da América do Sul com as mais variadas aplicações e que apresenta um crescimento muito vigoroso e, portanto deve ser preservado e reflorestado.